terça-feira, 28 de abril de 2009

em meus braços dorme um anjo

"Em meus braços dorme um anjo. Um anjo pequenino, como não podia deixar de ser. Seus bracinhos movem-se bem devagar e sei que sonha. Provavelmente com o tempo que ainda não chegou.
Em meus braços dorme um anjo. Um anjo cansado, como não podia deixar de ser. Seu rosto está molhado por suas lágrimas e quase choro também, com pena do seu sofrer. Um beijo na testa não faz passar a dor de um coração quebrado pela primeira vez.
Em meus braços dorme um anjo. Um anjo feliz, como não podia deixar de ser. O sorriso em seu rosto quase brilha e sorrio também, com felicidade pelo seu amor. Nada ofusca essa felicidade do primeiro amor correspondido.
Em meus braços dorme um anjo. Um anjo sem asas, como não podia deixar de ser. Minhas lágrimas molham seu rosto, mas ele não chora comigo, não sente pena da minha dor. Meu anjo adormecido tem os olhinhos bem fechados. E sei que não poderá abri-los mais.
Pelos meus dedos se foi o tempo. Um tempo curto, como não podia deixar de ser. Um vento, um sopro ou nada mais que um suspiro. Um tempo que levou o meu anjinho. Em meus braços dormia um anjo. Um anjinho que se foi.
Adeus meu anjinho."

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