terça-feira, 28 de junho de 2011

Quando eu disse que nós nos casariamos um dia, eu quis dizer exatamente isso. Acontece que o tempo não é certo pra nós. Não era. Vivemos tudo muito lindo para depois deixar morrer. Mas não pode morrer assim.

Eu só queria poder te ver de novo, aqui bem mais perto, te contar tudo o que falta para te contar. E aí acaba.

domingo, 19 de junho de 2011

rosa

Num vaso na sala, a rosa estava murcha. suas pétalas cor-de-rosa estava escuras, caídas, mortas. Mas ela não queria jogá-la fora.
Não fora um presente de um amor inesquecível, era apenas algo com que aplacar a solidão, ela própria comprara. Recebera um desconto e um sorriso do vendador de rua, que ainda ofereceu-lhe uma outra flor. Mas não, tinha que ser uma rosa solitária como ela.
Em casa, no escuro, tentara refazer com a flor o caminho de das mãos dele sobre seu corpo, aquelas mão que tão diferentes eram da rosa suave, aquelas mãos duras, ásperas, mas ainda assim carinhosas como nenhuma outra poderia ser. Mas era só uma flor.

sábado, 4 de junho de 2011

quase, quase....

Eu quase disse. Ou será que eu quase quis dizer. Você perguntou-me o que eu sentia e eu respodi apenas que é complicado. Mas tudo é complicado, menina. Quem foi que te contou que a vida é simples? Não se você tem essa intensidade maluca. Não se você é assim tão menina, tão anima, tão alma e quase nada mente. "É complicado". Mas que besteira para se dizer, que grande vazio, que esquiva mal feita.
Você perguntou. E eu perguntei também. Acho que você é mais simples. Talvez você funcione melhor, seja mais certo. Sei que não acha nada disso. Sei que só eu que vejo assim, através desse caleidoscópio estranho de sentimentos. Não enxergo a vida através de cores, vejo através de sentimentos. E esse agora grita para sair, para que eu te diga.
Eu quase disse, mas não quis te levar ao limite. E é tudo tão simples, na verdade. Essa complicação sou eu que crio. É só uma frase. São só algumas palavras. Talvez não precise nem delas.
Eu quase disse.
Eu quis dizer.
Eu te amo