domingo, 19 de junho de 2011

rosa

Num vaso na sala, a rosa estava murcha. suas pétalas cor-de-rosa estava escuras, caídas, mortas. Mas ela não queria jogá-la fora.
Não fora um presente de um amor inesquecível, era apenas algo com que aplacar a solidão, ela própria comprara. Recebera um desconto e um sorriso do vendador de rua, que ainda ofereceu-lhe uma outra flor. Mas não, tinha que ser uma rosa solitária como ela.
Em casa, no escuro, tentara refazer com a flor o caminho de das mãos dele sobre seu corpo, aquelas mão que tão diferentes eram da rosa suave, aquelas mãos duras, ásperas, mas ainda assim carinhosas como nenhuma outra poderia ser. Mas era só uma flor.

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