quinta-feira, 17 de maio de 2012

Achei que era saudades


E, de repente, enquanto estava ali parado olhando as ondas que, incrivelmente, quase não batiam nas pedras, sentiu algo diferente surgir. Fechou os olhos e deixou que aquilo tomasse seu corpo. Era tão forte que teve que ter cuidado para não cair para trás, estatelado no chão. Devagar, sentou-se sobre a pedra e, abrindo bem pouco os olhos, tentou entender o que era aquilo. Eram as mãos dela o que sentia em seu cabelo agora? Seus lábio o que sentia em seu rosto? Afinal, fora alí que ela o deixara. Podia, então, agora retornar?
Fechou os olhos de novo. Não, não podia ser ela. Só podia ser  falta dela.

- ô, garoto! Não tá sentindo isso? Daqui a pouco tá vindo uma tempestade!

Tempestade? Ah, então era só isso? Achou que fosse muito pior. Achou que fosse saudades.

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