terça-feira, 3 de agosto de 2010

para um amigo (perdido?)

O que fez da vida
Desde que fui embora?

Quero-lhe amigo
e que leve consigo
meus sonhos menos sãos.

Guarde-os num quarto
ou entre as roupas de dormir.
Quem sabe sob a janela,
naquele baú, se servir.

Uma vez ou outra,
até mesmo sem saber
o como, o porquê,
visite meus sonhos
que guardou com você.

Assim, amigo,
(e só assim, talvez)
poderá estar comigo
e eu, enfim, com você.

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