terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Percebi

... porque fiquei tanto tempo procurando encontrar erros nas outras pessoas. Porque nenhuma delas poderia ser o que eu quero, se não fosse exatamente igual a você.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

se ela quer...


Durante esses anos, passei muito tempo tentando imaginar o que você havia se tornado. Como havia crescido, ido pro mundo, testado a vida? Como era seu beijo, seu abraço, seu segurar de mão... Seu sexo. Afinal, foi tanto tempo. Vivemos tanta coisa cada um em seu caminho. E agora?
Agora eu estou esperando. Criei de ti uma necessidade que antes não possuia. Não como se antes não te quisesse, não sentisse a sua falta. É que, agora, eu tenho dias de memórias vindo para se somar aos anos.
Lembro que disse uma vez que nós nos casariamos um dia e nunca deixei de acreditar nisso. Por mais que você tenha mduado - como eu sei que mudei - por mais que tenha passado tanto tempo, é difícil pensar que estarei sempre longe de você. Mas ainda espero.
Você lembra de tudo? Lembra de como nós passávamos as noites olhando a vida? Você lembra de nós? Espero que lembro, pois é muito inútil esperar pelo vazio. Mas você está por aí. E, em algum lugar, também estou.

Eu culpo

Eu culpo todos esses filmes que nos fizeram ver. Em que finais felizes incluem resolver diferenças e encontrar o par perfeito. Como se a vida tivesse que ser vivida em casal. Como se o romance fosse o auge do que podemos alcançar. E, de repente, nos vemos sozinhos e ainda com muito a se alcançar. E, de repente, nos vemos tendo que encarar um desafia muito maior do que um romance. Afinal, o que é esse tal de romance? O que significa esse tal de amor. Seria muito mais fácil se não buscassemos as sensações que nos vendem nos filmes, que nos apresentam nos livros.
Seria mais fácil se não buscássemos tantos finais felizes.

domingo, 16 de setembro de 2012

Pedra e cimento

É engraçada essa vida urbana. Fico aqui, do alto de uma torre de icmento e pedra olhando tudo que passa apressado na vida lá embaixo. Acabou a magia. O folclore, os desejos, o imaginário. E nem culpo a tecnologia, a tv, os computadores e celulares. Não culpo nada, na verdade, embora ache triste. Porque essa gente que se entrega ao que não conhece me impressiona. Essas pessoas que desistem de tudo para ir procurar por fadas, que esquecem o trabalho de todo o dia para se pintar e dançar para um santo que não tem nem rosto. Algumas pessoas que são tão bonitas pelo que acreditam. Enquanto nós, nessa bela vida moderna, ficamos presos em cultos que falam de pedir a um deus que nos dê bens materiais. Nada contra bens materiais nem nada contra deus, é só que isso tudo é sem magia. É uma fé por desespero, não por beleza. Acho que é quase como se as pessoas acreditassem só para ter ainda alguma coisa a que se apegar, quando todo o resto já não cabe entre os muros de concreto.

sábado, 14 de julho de 2012

o que é ruim de ouvir.

"eu gosto de você. eu gosto de você, ponto"

que vem seguido de um

"mas talvez seja melhor não"

sábado, 30 de junho de 2012

só, somente só

e sentindo falta de você. E sentindo falta de alguém. E sentindo.


E sentindo falta.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Achei que era saudades


E, de repente, enquanto estava ali parado olhando as ondas que, incrivelmente, quase não batiam nas pedras, sentiu algo diferente surgir. Fechou os olhos e deixou que aquilo tomasse seu corpo. Era tão forte que teve que ter cuidado para não cair para trás, estatelado no chão. Devagar, sentou-se sobre a pedra e, abrindo bem pouco os olhos, tentou entender o que era aquilo. Eram as mãos dela o que sentia em seu cabelo agora? Seus lábio o que sentia em seu rosto? Afinal, fora alí que ela o deixara. Podia, então, agora retornar?
Fechou os olhos de novo. Não, não podia ser ela. Só podia ser  falta dela.

- ô, garoto! Não tá sentindo isso? Daqui a pouco tá vindo uma tempestade!

Tempestade? Ah, então era só isso? Achou que fosse muito pior. Achou que fosse saudades.

terça-feira, 3 de abril de 2012

alguém que eu costumava convencer

Acendeu o cigarro de-va-gar. Seu corpo, sua pele morena, tinha certa luz nova sob a luz fraca da luminário. Por entre a fumaça, procurava entender o que era tudo aquilo. Era como se seu corpo não fosse mais seu exatamente por ser só seu. "Só". Como odiava essa palavra. Porque ela era "só" uma moça de cidade pequena que "só" sabia do seu mundinho. Foda-se. Ela não era mais "só" nada. Ela era tudo aquilo, a fumaça, o barulho, as luzes. A maldita cidade pequena ficára pra trás e ela tinha um mundo inteiro pela frente. Ela tinha cigarros e corpos e beijos e amores pela frente. Ela tinha uma carreira, um futuro, um salto a diante. Ela não era "só" dele, ainda mais agora que ele não era só dela. Ele fora "pro mundo", buscar uma "nova vida". Então ele que fosse encontrar a "nova vida" nas pernas de uma prostitura velha. Ela tinha o mundo dela a explorar, que era totalmente novo. Se ele fora, ela iria também. Ela não era mais "só" nada.
Mas seu corpo era só aquilo. E "aquilo" sentia muito frio quando estava sozinho.

domingo, 18 de março de 2012

Fim do amor...

... não é fim do sentimento, é fim do momento.

Raiva é só uma falácia para poder me perdoar.

Metáfora.

Metaforas são minhas mágicas.
Escondem-me, dão me abrigo
E ficam comigo
Até o fim do show.

Assim como deve a mão
Que os olhos ser mais rápida,
Também deve a palavra
Que a verdade ser mais clara

Para que quando a vida,
Já sem graça,
For se recompor para outro show,
A metáfora, renovada,
Fique na mente do espectador